O trajeto de Pirro e a vida equânime
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_82_2Palavras-chave:
Pirro, Ceticismo, Budismo, Zen, Modo de vidaResumo
A misteriosa figura de Pirro tem intrigado a crítica moderna desde que o seu pensamento foi redescoberto no século XVI, especialmente por Michel de Montaigne. A abordagem académica do seu legado oferece, no entanto, dificuldades, por duas ordens de razões. Por um lado, é difícil reconstituir a filosofia pirroniana, em virtude do seu caráter fragmentário; por outro, ela foi concebida como guia prático de vida (ou segundo o Taísmo ou o Budismo como caminho ou trajeto) e não propriamente como um exercício escolar. Parece insensato estabelecer analogias abusivas com os ensinamentos orientais, como se Pirro tivesse sido realmente budista, muito menos como se fosse um praticante do Zen. Contudo, o paralelismo será útil para deslindar o mistério e tornar mais vívido e credível um modo de vida filosófico que, longe de ser irrelevante e descomprometido, como, por vezes, foi entendido, é afetiva e alegremente equânime.
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