A subtil estratégia discursiva de Innocentia Victrix (1671)
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_82_7Palavras-chave:
Innocentia Victrix, António Gouveia, Jesuítas, China, Caso do calendárioResumo
A forte presença da Companhia de Jesus na China sofreu um rude golpe, entre 1664 e 1671, que culminou em longo processo judicial: perseguições, prisões, exílio e, mesmo, a morte de alguns dos padres. Do lado dos poderes e do lado dos acusados, houve requerimentos, libelos, editos, sentenças, de conteúdos por vezes estranhos e, sobretudo, contraditórios. Tais peças processuais foram reunidas em livro, sob o título Innocentia Victrix - “Inocência Triunfante” ou “Triunfo da Inocência” – atribuído a António de Gouveia, Vice-provincial da Companhia de Jesus, e publicado em Guangzhou, em 1671, em chinês e em latim. O livro, porém, é mais do que a simples junção de peças processuais: o responsável pela organização (e pelo sugestivo título, nada inocente) interfere muitas vezes no texto, mesmo no interior das peças judiciais, com pareceres, comentários, interpretações, juízos de valor.
O objetivo deste trabalho é fazer uma leitura em pormenor desse texto, nas suas linhas e nas suas entrelinhas, identificar a possível estratégia do seu responsável e integrá-la na estratégia da Companhia de Jesus.
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