Tempo, aspeto e crítica textual nas Historiai 1.186. de Heródoto
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_84_3Palavras-chave:
Heródoto, tempo-aspeto, crítica textual, raiz do aoristo e do presenteResumo
Neste artigo discuto o uso do tempo e do aspeto nas Historiai 1.186 de Heródoto, bem como as ocorrências em que se atestam as raízes do presente e do aoristo. Primeiro, forneço uma breve panorâmica e a respetiva problematização do uso do tempo e do aspeto quer na língua helénica, quer na pena de Heródoto. Equacionando a questão, antes e depois do aparecimento do contributo de Hettrich, em 1976, apresento os reptos suscitados por esse trabalho, junto de Ruijgh (1979 e 1971), Rijksbaron (1979) e Stork (1982).
Dada a abundância de bibliografia existente sobre o aspeto (no que respeita tanto à língua grega, como ao tema em geral), serão deixados inevitavelmente de parte muitos estudos e vários problemas. Proponho-me tratar nestas linhas apenas do problema da fortwirkende Handlung e da perspetiva do observador, embora de forma perfunctória. O problema do tempo, do aspeto, a Aktionsart não podem ser discutidos nesta reflexão.
Num segundo momento, detenho-me no passo textual de Heródoto referido e discuto todas as ocorrências da raiz do presente e do aoristo (formas finitas e infinitas). Como é sabido, a transmissão textual de Heródoto coloca frequentemente desafios e, muitas vezes, ambas as raízes são transmitidas (em dois casos, no trecho 1,186 os manuscritos apresentam lições concordantes mas são feitas conjeturas). Para decidir que variante adotar, é fornecida uma análise detalhada de todas as formas ocorridas no trecho em causa usando como princípio orientador a distinção entre perfeito/concluído – imperfeito/contínuo (restrições de tempo e espaço impediram-me de citar as variantes registadas em todas as edições e comentários, limitando-me apenas a 15).
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