«Tudo, como vês, é cheio de tristura: às abelhas o campo nega as flores, / e às flores a aurora nega o orvalho»
para uma leitura ecocrítica da écloga camoniana Que grande variedade vão fazendo
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_84_7Palavras-chave:
Camões; écloga 1; ecocrítica; ecopoesia; paisagem sonoraResumo
Por ocasião do quinto centenário de Luís Vaz de Camões, o presente artigo, valendo-se dos contributos da Ecocrítica e da Camonística, propõe-se fazer uma leitura da Écloga 1, intitulada Que grande variedade vão fazendo. Levou-se a cabo esta análise tendo em consideração dois propósitos: por um lado, i) atentou-se nas estrofes em que a paisagem é sobejamente textualizada, observando nela o encadeamento de elementos antropofónicos, biofónicos e geofónicos (Krauss 2008); por outro lado, ii) concentrando-se na relação entre os pastores e a natureza, procurou-se testemunhar da relevância do ecossistema na construção literária do poema, demonstrando como a paisagem não constitui apenas um dispositivo cénico, ou um pano de fundo. Por último, dado que a écloga é um código genológico aberto, isto é, enformado por outras tradições, assinalaram-se alguns exemplos de imitatio com respeito ao bucolismo.
Downloads
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Humanitas

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.