Algumas diretrizes de Platão para o uso dos nomes e criação de personagens a partir do Crátilo 392b-397b.
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_68_4Palavras-chave:
Nomes, Platão, Etimologia, Genealogia, linguagem.Resumo
Neste artigo seguiremos os argumentos iniciais do Crátilo (392b-397b) a fim de extrair algumas diretrizes para se criar e usar nomes e personagens que podem ter influenciado Platão como autor de diálogos filosóficos. Pretendemos discutir como os nomes podem informar acerca da personagem, que tipo de informação eles estariam mais aptos a fornecer, o que os leitores depreenderiam disso, e quais problemas a particularidade inerente aos nomes próprios pode gerar em uma investigação filosófica. A análise da constituição dos nomes acontece junto com a constituição das personagens porque é assim que ela se apresenta no texto. Assim, as diretrizes de nomeação também serão aplicáveis para no entendimento de algumas características essenciais de uma personagem de um diálogo filosófico segundo Platão. Ao fim da investigação esperamos provar que a diretriz principal defende a apresentação de uma origem bem definida no aspecto locativo e na herança intelectual da personagem. Isso permitirá ver como os nomes funcionam com o que determinamos termos 'hereditário-funcionais'. Através destes, as informações sobre as origens permitem entender como as personagens operam. Além disso, Platão também aponta a preferência por preterir a particularidade que vem com um nome próprio, e, ainda, a vantagem de situá-los na condição de estrangeiros para enriquecer o debate. Satisfeitos esses critérios uma personagem nomeada estaria pronta para participar de um diálogo filosófico.
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