O conto da Ilha desconhecida de José Saramago e a simbologia da viagem

Autores

  • Maria Luísa de Castro Soares Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-1718_70_6

Palavras-chave:

Saramago, viagem, percurso iniciático, ilha, autognose

Resumo

A viagem como modalidade genológica ou como motivo de inspiração é uma constante na cultura portuguesa com expressão obsessiva na diacronia da literatura. No presente artigo, o alvo de estudo é um dos diversos exemplos literários dessa reiterada presença: O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago. O tema da viagem neste conto de Saramago abre espaço a reflexões várias em torno de viagens entre o consciente e o inconsciente, entre o real e o abstrato, entre a abertura ao mundo e o processo de autoconhecimento, sem esquecer os comentários crítico‑irónicos do narrador, com conotações sociológicas de cunho marxista. A análise semiótica do conto não exclui as conceções intelectivas e uma leitura pessoal, explorando-se a carga simbólica da viagem como percurso iniciático da figura central da narrativa: o homem do barco que quer rumar em direção à Ilha.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##submission.additionalFiles##

Publicado

2017-11-08

Edição

Secção

Artigos