Penthesiléa, de Hélia Correia
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_67_8Abstract
Em 2002, Hélia Correia fez sair, como edição da Autora, um pequeno volume intitulado Apodera-te de mim, com que quis comemorar o aniversário de Jaime Rocha. Os textos aqui reunidos constituem, na sua maior parte, uma reescrita de grandes mitos gregos, como sejam o de Creta, o da colca Medeia e o de Pentesileia, a Amazona. Se o primeiro destes textos representa uma reflexão sobre a cultura grega, desde a civilização minoica até ao classicismo ateniense, o centro desta antologia é preenchido por dois mitos de temática feminina, tão do gosto da Autora.
Um primeiro contacto visual com o texto denuncia de imediato a preferência pela escrita etimológica do nome da Amazona, Penthesiléa, com o que já se sublinha uma interpretação da figura e se aponta para o seu destino trágico; na verdade, o primeiro elemento deste nome – πένθος, “sofrimento” – concretiza uma leitura teleológica da vida, na linha de um Heródoto ou de um Sófocles, por exemplo.
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