Tempo e aspeto nas construções contrafactuais em grego clássico

um caso de estudo em Heródoto 8

Autores

  • Filip De Decker Universiteit Gent

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-1718_85_3

Palavras-chave:

Construções contrafactuais, aspeto, tempo, Heródoto

Resumo

Muitas têm sido as teses aventadas sobre o uso de tempos e modos verbais nas construções contrafactuais e potenciais na língua grega. No entanto, até agora, as construções contrafactuais em grego clássico não têm sido estudadas de forma detalhada quanto ao seu significado temporal e /ou aspetual. Neste artigo, sirvo-me dos indicadores modais usados por Heródoto nas Historiai Livro 8 (correspondentes aos preparativos para a batalha de Salamina, à própria batalha e às suas consequências) para desenvolver o meu caso de estudo. Uma vez que o presente artigo se foca apenas no aspeto dos indicadores modais, limitar-me-ei a discutir brevemente o aspeto no grego clássico e em Heródoto, não abordando nem a relação entre aspeto e Aktionsart, nem as origens das construções contrafactuais e das construções potenciais passadas.

            Depois de uma incursão pelos usos do aspeto, analiso trechos exemplificativos e avento como Arbeitshypothese que o uso do aoristo ou imperfeito com os indicativos modais se baseia no critério aspetual e não na referência temporal. Com isto, pretendo dizer que o aoristo não se reduz ao chamado irrealis do passado, tal como o imperfeito não se reduz ao do presente. Caso se verifique a existência de diferentes variantes ou caso seja pouco evidente se determinada forma é modal ou não, esses exemplos também serão aqui discutidos.

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Publicado

2025-10-03

Edição

Secção

Artigos