Jornalismo Radical: Lições da Grécia
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-6019_4_3Palavras-chave:
Jornalismo radical, crise, crítica, jornalismo liberal, GréciaResumo
Centrado no caso da Grécia, este texto vem traçar os contornos de um novo paradigma do jornalismo radical. Argumentamos que este novo paradigma é radical em cinco sentidos: em termos de sua organização, em termos de identidade de seus produtores, em termos de suas orientações face ao establishment político e à sociedade, em termos dos seus conteúdos, e em termos de sua relação com leitores e públicos. Tomados em conjunto, estes sentidos mostram um novo papel radical para o jornalismo, concentrado na abordagem das necessidades atuais de uma sociedade em crise. O papel político do jornalismo foi há muito tempo integrado numa compreensão gramsciana da hegemonia e no papel dos intelectuais que agitam e persuadem. O surgimento de um novo jornalismo radical em contexto de crise significa uma relação mais fundamental e orgânica do jornalismo com a sociedade, que requer mais do que agitação de suporte. Os jornalistas radicais não procuram liderar, agitar ou relatar desligados da sociedade. Em vez disso, este jornalismo nascido da crise e operando como crítica pode ser visto como um jornalismo de praxis ou de fazer: por isso, a ênfase é mais na construção ou restauração de relações sociais, em vez de ielegitimar as existentes como no caso do jornalismo liberal . Isso mostra um novo caminho e um papel político para o jornalismo, no qual ele se torna parte integrante da sociedade e em que está firmemente orientado para as necessidades sociais.
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