O Domínio da Arena Informativa Televisiva

O caso do primeiro mandato do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-5462_43_5

Palavras-chave:

Presidente da República, televisão, primeiro mandato, protagonista das notícias

Resumo

Nesta pesquisa procuramos saber até que ponto, o Presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, no primeiro mandato, foi um dos protagonistas das notícias nos canais de televisão generalista em sinal aberto e quais as razões que explicam esse facto. Assim, procedemos a uma análise quantitativa da presença do PR nos blocos informativos da RTP1, RTP2, SIC e TVI, ao longo dos 5 anos, em termos de número e tempo das notícias. Posteriormente, realizámos entrevistas a todos os jornalistas que, nesse período, foram Diretores de Informação das televisões. Concluímos que o PR foi o ator político principal das notícias televisivas nos primeiros três anos do seu mandato e, o segundo, nos dois anos finais, apenas atrás do Primeiro-ministro. Apresentamos um modelo assente em 3 vetores; pessoal, político e mediático – que explica o domínio da arena informativa televisiva do PR pela forma como se afirmou nestes três eixos.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aagaard, P. (2016). The Fourth Age of Political Communication: Democratic Decay of the rise of phronetic political communication? In Nordicum-Mediterraneum. January 2016. DOI: 10.33112/nm.11.3.8

Altheide D. L. (2004). Media logic and political communication. Political Communication 21(3): 293–296.

Altheide, D. L. e Snow, R. P. (1979). “Media Logic”. Beverly Hills, CA: Sage.

Blumler, J. (2016). The Fourth Age of Political Communication. Politiques de communication, 6, 19-30. https://doi.org/10.3917/pdc.006.0019

Blumler, J. G. e Kavanagh, D. (1999). “The Third Age of Political Communication: Influences and Features”, Political Communication 16(3):209–30.

Bryman, A. (2012). “Social Research Methods”, 4th edition. Oxford, Oxford University Press.

Cádima, F. R. (2022). Os Presidentes, A Política e os Media Uma história do 25 de Abril. Lisboa. D. Quixote.

Cardoso, G. (2023). A Comunicação da Comunicação, As pessoas são a Mensagem. Editora Mundos Sociais, CIES-Iscte, Instituto Universitário de Lisboa.

Couldry, N. (2008). “Mediatization or mediation? Alternative understandings of the emergent space of digital storytelling”. New Media & Society, 10(3), 373–391.

Enli, G. e Syvertsen, T. (2016). The End of Television—Again! How TV Is Still Influenced by Cultural Factors in the Age of Digital Intermediaries, Media and Communication (ISSN: 2183-2439) 2016, Volume 4, Issue 3, Pages 142-153 Doi: 10.17645/mac.v4i3.547

Esser, F. (2013). “Mediatization as a Challenge: Media Logic versus Political Logic”, in H. Kriesi, S. Lavanex, F. Esser, J. Matthes, M. Bühlmann, & D. Bochsler, Democracy in the Age of Globalization and Mediatization. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 155-176.

Figueiras, R. (2023. Junho, 24). Pedro Nuno Santos, o comentário e a fornalha. Público. https://www.publico.pt/2023/06/24/opiniao/opiniao/pedro-nuno-santos-comentario-fornalha-2054149

Katz, E. e Scannell, P. (eds) (2009). “The End of Television? Its Impact on the World (So Far)”. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, vol.625, 235 p.

Livingstone, S. (2009). Foreword: Coming to terms with ‘mediatization’. In: Lundby K (ed.) Mediatization: Concept, Changes, Consequences. New York: Peter Lang, pp.ix–xi

Lopes, F. (2018, janeiro, 24). Marcelo deixou de trabalhar na televisão e nunca mais saiu do ar. Público. https://www.publico.pt/2018/01/24/politica/noticia/marcelo-deixou-de-trabalhar-na-televisao-e-nunca-mais-saiu-do-ar-1800518

Marshall, P. D. (1997). Celebrity and Power: Fame in Contemporary Culture (London: University of Minnesota Press).

Matos, V. (2012). Marcelo Rebelo de Sousa. A Esfera dos Livros. Lisboa.

Mazzoleni, G. e Schulz, W. (1999). "Mediatization" of Politics: A Challenge for Democracy? Political Communication, 16:3, 247-261, DOI: 10.1080/105846099198613 To link to this article: http://dx.doi.org/10.1080/105846099198613

MCallister, I. (2007). The Personalization of Politics, Russell J. Dalton and Hans-Dieter Klingemann, editors. Oxford Handbook of Political Behavior.

McNair, B. (2017). An Introduction to Political Communication (5th ed.). London. Routledge.

Meyer, T. (2002). Media Democracy: How the Media Colonize Politics. Cambridge: Polity.

Norris, P. (2004). The evolution of election campaigns: Eroding political engagement? Paper for the conference on Political Communications in the 21st Century, St Margaret’s College, University of Otago, New Zealand, January 2004.

Oliveira, J.M.P. (2016, fevereiro, 01). A “mediapolítica”: o novo presidente “criou-se” a si mesmo. Público. https://www.publico.pt/2016/02/01/opiniao/opiniao/a-mediapolitica-o-novo-presidente-criouse-a-si-mesmo-1721930

Reinemann, C. e Wilke, J. (2007). “It’s the Debates, Stupid! How the Introduction of Televised Debates Changed the Portrayal of Chancellor Candidates in the German Press, 1949-2005”. International Journal of Press/Politics, 12 (4)

Rodrigues, S. (2023, fevereiro, 05). Como Marcelo trabalha com uma agenda “improvisada”. Público.https://www.publico.pt/2023/02/05/politica/noticia/marcelo-trabalha-agenda-improvisada-2036569

Sebastião, C. (2018). Marcelo Rebelo de Sousa O Presidente dos Afetos. Lisboa. Editora Paulus.

Sheafer, T. (2001). “Charismatic skill and media legitimacy: An actor-centered approach to understanding the political communication competition”, Communication Research 28(6): 711–736. © 2001 Sage Publications.

Silva, A. (2019, março, 30). Todo o mundo e ninguém. Marcelo. Expresso. https://expresso.pt/politica/2019-03-30-Todo-o-mundo-e-ninguem.-Marcelo

Silva, P. A. (2016, janeiro, 26). Costa e Marcelo vão formar “bloco central de palácios”. Diário de Notícias. https://www.dn.pt/portugal/costa-e-marcelo-vao-formar-bloco-central-de-palacios-4999072.html

Silverstone, R. (2007). Media and Morality: On the Rise of the Mediapolis. Cambridge, UK: Polity.

Sousa, M.R. (2023, maio, 22). “Tenho falado imenso enquanto presidente, tenciono não falar nada depois”, afirma Marcelo. RTP. https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/tenho-falado-imenso-enquanto-presidente-tenciono-n%C3%A3o-falar-nada-depois-afirma-marcelo/ar-AA1bxhnI

Strömbäck, J. (2008). “Four phases of mediatization: An analysis of the mediatization of politics”, The International Journal of Press/Politics, 13(3), 228–246.

Strömbäck, J. e Esser, F. (2009). Shaping politics: Mediatization and media interventionism. In: Lundby K (ed.) Mediatization: Concept, Changes, Consequences. New York: Peter Lang, pp. 205–223.

Strömbäck, J. e Van Aelst, P. (2013). “Why political parties adapt to the media: exploring the fourth dimension of mediatization”, the International Communication gazette, Sage, UK.

Swanson, D. L. e Mancini, P. (1996). Politics, Media, and Modern Democracy: an International Study of Innovations in Electoral Campaigning and Their Consequences. Westport, Conn: Praeger.

Virgili, J. R., Jandura, O. e Calle, M. R. (2014). The Personalization of Politics in the Media Coverage: a Comparison of Election Campaigns in Spain and Germany, The Personalization of Politics in the Media Coverage: a Comparison of Election Campaigns in Spain and Germany

Van Aelst, P., Sheafer, T. e Stanyer, J. (2011). The personalization of mediated political communication: A review of concepts, operationalizations and key findings. Journalism 13(2) 203-220. sagepub. co.uk/journals DOI: 10.1177/1464884911427802 jou.sagepub.com

##submission.downloads##

Publicado

2023-12-11

Como Citar

Gonçalves, V. (2023). O Domínio da Arena Informativa Televisiva: O caso do primeiro mandato do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa. Media & Jornalismo, 23(43), 91-113. https://doi.org/10.14195/2183-5462_43_5

Edição

Secção

Artigos