Rotinização e COVID‑19: Uma comparação entre os EUA e Portugal
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-203X_51_7Palavras-chave:
Rotinização, desigualdade salarial, Covid-19, processos de rendimento, teletrabalhoResumo
O objetivo deste estudo é identificar qual o papel da automatização no aumento da desigualdade salarial, fazendo uma comparação entre os Estados Unidos e Portugal. Usando PSID e Quadros de Pessoal, constate‑ se que a dinâmica dos rendimentos de trabalho é fortemente determinada pela variância da componente fixa individual. Este efeito é drasticamente reduzido ao adicionar informação sobre as tarefas ocupacionais dos trabalhadores, confirmando que a diminuição do preço do capital e a consequente substituição de trabalhadores manuais que executam tarefas rotineiras aprofundaram a desigualdade salarial. Durante a crise atual, constatamos que a capacidade de continuar a trabalhar está fortemente relacionada com o tipo de ocupação. Como tal, simulamos o impacto de um choque de procura permanente usando um modelo de gerações sobrepostas com mercados incompletos e agentes heterogéneos para prever quantitativamente o impacto da Covid‑19 e das medidas de bloqueio no prémio salarial e na desigualdade de rendimentos. Conclui‑se que que os prémios salariais e a dispersão dos rendimentos aumentam, sugerindo que a desigualdade de rendimentos aumentará em detrimento dos trabalhadores manuais.
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