Pelos caminhos do Mundo
(re)figurações da mobilidade em A Jangada de Pedra, de José Saramago
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_12_5Palavras-chave:
José Saramago, personagem, refiguração, intertextualidade, romance de estrada, genologia literáriaResumo
As personagens-viajantes de A jangada de pedra (1986), de José Saramago, empreendem uma viagem pela Península Ibérica, acabada de se desprender da restante Europa, sem que elas próprias ou o narrador consigam dissociar a mobilidade que praticam do imaginário conformado por práticas e representações da mobilidade anteriores, fixadas em géneros literários com reconhecida tradição peninsular, como é o caso do romance de cavalaria ou do relato de naufrágio. Desse modo se situam as personagens numa extensa linhagem de figuras da mobilidade, de que elas constituem uma refiguração. Essa circunstância, no entanto, não impede que a viagem descrita no romance – tal como, por consequência, as personagens que nela participam – adquira traços distintivos e se identifique melhor com a que é usualmente representada numa categoria genológica mais recente, devedora daquelas outras, cuja presença (também) na literatura portuguesa urge cartografar: o romance de estrada (ou road novel).
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