Todos os nomes

uma lição da nova história

Autores

  • Teresa Cristina Cerdeira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-847X_12_10

Palavras-chave:

ficção/história, ensaio, romance, Saramago, estátua/pedra

Resumo

“O romance frente ao ensaio”, eis possivelmente um outro subtítulo para este texto que se propõe a pôr frente a frente uma leitura do romance Todos os nomes, de José Saramago, e um ensaio do mesmo autor: “A estátua e a pedra”. Concebido em visão retrospectiva, este ensaio se funda num achado metafórico que se pretende capaz de iluminar os fundamentos estruturais da sua obra, dividida, tal como ele a vê, em dois momentos distintos. Ou pelo menos terá sido mais ou menos esta a sua recepção. Inseridos, segundo Saramago, do lado da “pedra”, os romances da segunda fase – incluindo nela Todos os nomes – estariam em princípio subtraídos ao modelo do chamado “romance histórico”, conceito cuja pertinência é largamente posta em causa pelo autor. Apesar de perceber uma viragem estilística – a própria dimensão dos romances, seu enquadramento espacial e temporal – mais ou menos – determinado, ou ainda, no segundo caso, o privilégio de uma dimensão universalizante que alteraria as coordenadas anteriores, mais especificamente portuguesas – opto por caminhar na contracorrente e, em alguns casos, pôr mesmo sob suspeição, alguns desses argumentos que propõem uma cesura demasiado radical do conjunto da sua obra ficcional.

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Publicado

2022-11-16