Formação da Literatura Brasileira numa outra chave
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_14_6Palavras-chave:
Barroco, Século XVII, Historiografia, Formação, BrasilidadeResumo
Polêmicas geralmente oferecem pontos de acesso úteis à compreensão da divergências num determinado campo. Parece-nos assim aquela que se dá à volta do “Barroco”, sequestrado, na visão de Haroldo Campos, da história literária de Antonio Candido. Pese que Alcir Pécora, alguns anos atrás na ocasião da reedição de O Sequestro do Barroco, tenha assinalado tal polêmica como “datada”, a raiz do problema continua viva e operante, exercendo forte influência no ensino e na pesquisa literária realizados hoje no Brasil, a despeito da emergência de novos modelos teórico-historiográficos. Nesta comunicação, pretendemos revisitar o núcleo dessa polêmica desde uma perspectiva estritamente teórica. Não estão em jogo as flutuações do cânone, a adequação da obra de Gregório de Matos a um interesse de época ou quaisquer questões de valor. Na primeira parte, trataremos de expor a premissa partilhada, aquilo em que o texto do Sequestro e a obra de Candido convergem; na segunda parte, realizada nossa crítica, proporemos um modo alternativo de compreender o esquema triparte do processo da Formação, a saber, o sequenciamento “manifestação”, “configuração” e “sistema consolidado”.
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