Tempo fora dos eixos
Roberto Schwarz e a fratura brasileira do mundo
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_14_7Palavras-chave:
Bildung, leitura, romance, teoria, modernidadeResumo
Incursão em viés panorâmico pelo trabalho crítico de Roberto Schwarz, esse texto pretende identificar as grandes linhas e modulações de seus principais ensaios, tomando como ponto de partida o modo como certos temas obsessivos, tais como as assimetrias da modernidade e a figuração delas na obra de arte, operam como fundações e molduras de referência de uma espécie de elusivo e alegórico Bildungsroman, centrado na disputa pelo rosto definitivo do maior romancista brasileiro, Machado de Assis, e, consequentemente, pela definição do sentido de seu legado na metanarrativa nacional. Ao mesmo tempo, ao imergir nas complexidades e ambiguidades de alguns dos textos mais influentes do crítico, procura-se descrever e explorar as tensões básicas de sua escrita, destacando as constantes aporias criadas entre, de um lado, a rede de conexões telescópicas ligando livros e textos, canônicos ou não e, de outro, algumas das implicações menos óbvias de seu labiríntico modo de exposição, no qual a frase torna-se uma dramatização agônica do próprio choque de forças que constitui o mundo.
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