O Delfim de José Cardoso Pires ou a literatura como contraponto entre libertinos e Marialvas
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_15_4Palavras-chave:
Marialva, Libertino, Tensão, Autor, O DelfimResumo
no ensaio Cartilha do Marialva (1963) a partir do contraponto entre duas figuras determinantes de O Delfim (1968), Tomás Palma Bravo e a figura de escritor que é simultaneamente o autor e o narrador do enredo apresentado no romance. O núcleo fundamental da argumentação desenvolvida é precisamente a figura do autor-narrador, entendida em função da categoria da individualidade libertina apresentada, na Cartilha do Marialva, como contraponto perfeito do marialvismo representado por Tomás. O contraste explora-se, sobretudo, em função da centralidade que a instituição literária ocupa na tensão entre os dois interlocutores e na própria constituição do romance como hipótese de fixação de imagem mítica sobre o engenheiro que é, ao mesmo tempo, o núcleo da edificação do autor-narrador como potência alternativa de domínio através da memória e da transfiguração literária.
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