No palco das representações: o romance dramático e cinematográfico de O Delfim
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_15_5Palavras-chave:
José Cardoso Pires, subversão, estratégias narrativas, gênero teatral, linguagem cinematográficaResumo
Desejando sempre a leitura da obra literária como um corpo a ser percorrido, este estudo pretende ler em O Delfim, romance do autor português José Cardoso Pires, publicado primeiramente em 1968, algumas de suas estratégias narrativas que dialogam com o gênero teatral e com o discurso cinematográfico. O estudo procura interpretar as escolhas estilísticas do narrador nesse romance eticamente compromissado com o humano e com a arte de tradição revolucionária, e certamente também engajado com a revolução permanente da linguagem literária. Estuda-se como as escolhas estratégicas da materialidade do texto literário se relacionam diretamente com a mensagem e com a ideologia do romance e da obra cardosiana em seu tempo de produção, concentrando-se aqui principalmente nas relações entre o gênero narrativo e o dramático, como artifícios para uma narração memorialística e ao mesmo tempo metaficcional. Escrita subvertedora, a narrativa obriga o leitor a ler as metáforas da revolução possível e da perversão de um tempo de opressão também nas opções estruturais do discurso e, assim, reelabora o paradigma da arte neorrealista em Portugal.
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