NO «LABIRINTO», LIBERDADE: ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE EKPHRASIS E HIPERTEXTO EM VASCO GRAÇA MOURA
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_2_12Palavras-chave:
poesia, ekphrasis, imagetext, hipertexto, remediation, Vasco Graça MouraResumo
O presente estudo pretende articular os conceitos de imagetext e de ekphrasis (Mitchell, 1994) com a ideia de hipertexto (Bolter, 2001). Neste ensaio, ekphrasis é concebida não só como uma descrição de um artefacto visual, mas sobretudo como um movimento pictórico – essencialmente linguístico – que implica consequências para o desenvolvimento da leitura, da literatura e da literacia (cf. Mitchell, 1994: 193). A partir de Jay David Bolter, hipertexto é pensado como espaço textual resultado de um ato de remediação da imprensa, que inclui um dispositivo eletrónico – a ligação – equivalente a um outro mecanismo tipográfico, a nota de rodapé, utilizada em livro durante centenas de anos (Bolter, 2001: 27). Tomando como objeto de análise alguns poemas do livro Em demanda de Moura / Giraldomachias (Moura e Castello-Lopes, 2000), procuro entrever – por entre a «fenda na paisagem» da linguagem (verbal e visual) – o modo como esta poesia se constrói como ekphrasis também hipertextual, porque multi-sequencial, não linear e visual, não digital, mas sobretudo espacial, como «se, em ligação, de um lado, digamos, estiver paisa... / e, do outro, ficar ...gem» (Moura, 2000: 179).
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