Ecos de vozes nas nuvens
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_10_39Palavras-chave:
assistente de voz, computação em nuvem, fala artificial, gramalepsia, auratura, John CayleyResumo
As tecnologias de linguagem natural são agora capazes de escutar e produzir fala em tempo real. Os assistentes digitais ativados por voz tornaram-se interfaces multifuncionais. Podemos treiná-los de modo a reconhecerem vozes e prosódias específicas e podemos conversar com eles e elas. Duplex e Alexa – dois serviços de computação em nuvem controlados por voz – são descritos como instâncias da informatização da linguagem e da subjetividade, e como ecos arqueológicos das tecnologias telefónicas. A ressonância fantasmática e acusmática de uma voz desencarnada e ubíqua torna-se a derradeira personificação aural-oral do humano. Através de transações algorítmicas entre ouvir e falar, a naturalização da rede e da comunicação mediada por computador obscurece a profunda mercantilização da troca simbólica. Ao mesmo tempo, voz e língua revelam-se como tecnologias do humano.
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