Refigurações garrettianas de “romances” e outros textos tradicionais
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_9_11Palavras-chave:
Romanceiro tradicional, Almeida Garrett, balada românticaResumo
Muito interessado pelo Romanceiro desde o contacto, no exílio, com a cultura romântica, Garrett dedicou-se (pioneiramente, no espaço peninsular) não só à recolha de versões romancísticas, mas também à criação de poemas, inspirados em romances, onde procura aproximar-se formal e tematicamente da poesia tradicional, impregnando todavia as composições da sua marca, ao “reconstruir” o fundo antigo com “cimento” e “enchume” seus (cf. “Introdução” de Garrett a O Chapim d’El-Rei ou Parras Verdes).
O vasto espólio manuscrito, deixado por Garrett, de materiais destinados ao Romanceiro documenta que estas atividades – a compiladora e a criativa – permaneceram durante toda a sua vida.
A análise de Adozinda, Bernal Francês, O Chapim d’El-Rei e Miragaia exemplificará a refiguração praticada nos romances “reconstruídos”: o “cimento” garrettiano emacia e espiritualiza a crueza primitiva, recompondo situações e complexificando a psicologia das personagens.
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