SÁTIRA ANTI-CASTELHANA E (RE)CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA NO PORTUGAL RESTAURADO

Anti-Castilian Satire and Self-(Re)construction in Restoration Portugal

Autores

  • Paulo Silva Pereira CLP - Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-847X_7_5

Palavras-chave:

Restauração, sátira, identidade nacional, comunidade

Resumo

Todas as atividades culturais são um instrumento privilegiado na construção de representações que, pela geografia e pela história, sustentam a ideia de comunidade. O período filipino e a Restauração vieram exacerbar sentimentos de orgulho etnocêntrico e mostrar que a reivindicação de independência política tinha subjacente uma consciência identitária própria. Longe de ser uma especificidade das elites sociais e políticas, assume-se como dinâmica transversal que atravessa todo o espectro cultural que vai das tradições populares ao trabalho de raiz intelectual, demonstrando a existência de laços de solidariedade suficientemente fortes entre os membros desta comunidade que se via como portuguesa e, logo, diferente da castelhana. Este artigo procura abordar textos satíricos que exploram factos e circunstâncias dessa conjuntura histórica.

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Biografia Autor

Paulo Silva Pereira, CLP - Universidade de Coimbra

É Professor Auxiliar do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Membro Integrado do Centro de Literatura Portuguesa (CLP). Doutorado pela mesma universidade, leciona nas áreas de Literatura Portuguesa (séculos XVI a XVIII); Estudos Culturais; História e Periodização da Literatura Portuguesa; Estudos Interartes; Literatura, Memória e História (Doutoramento em Literatura de Língua Portuguesa); Literatura, Artes e Média (Doutoramento FCT em Materialidades da Literatura). Tem publicado diversos trabalhos sobre literatura e cultura portuguesas dos séculos XVI a XVIII, nomeadamente Metamorfoses do espelho. O estatuto do protagonista e a lógica da representação ficcional na trilogia de Rodrigues Lobo (Lisboa, IN-CM, 2003), D. Francisco Manuel de Melo e o modelo do ‘cortesão prudente e discreto’ na cultura barroca peninsular (IN-CM, no prelo) e prepara um volume dedicado ao Padre António Vieira, bem como uma edição da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto para a coleção ‘Biblioteca Lusitana’ (CLP). Integra o projeto «Nenhum Problema Tem Solução: Um Arquivo Digital do Livro do Desassossego». Editou em 2015 o volume dedicado ao tema ‘Artes, Média e Cultura Digital’ da Revista MatLit (http://iduc.uc.pt/index.php/matlit/issue/view/118/showToc) e tem vindo a trabalhar e a orientar projetos de pesquisa académica na área das Humanidades Digitais, da intermedialidade, transmedialidade e dos Média Digitais. Dirigiu o Doutoramento em Literatura de Língua Portuguesa (2011-2006) e coordena atualmente o projeto “Ex Machina: Inscrição e Literatura” no âmbito do CLP (http:// www.uc.pt/fluc/clp/inv/proj/meddig/exmach). É Coordenador da Secção de Português do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da FLUC.

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Publicado

2017-07-27

Edição

Secção

Secção Temática