DESIGUALDADE, EXCLUSÃO E VIOLÊNCIA URBANA EM NARRATIVAS HIPERCONTEMPORÂNEAS
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_8_3Palavras-chave:
violência urbana, exclusão, anonimato, literatura hipercontemporânea, Amílcar Bettega BarbosaResumo
A cidade e o urbano, pensados, vivenciados e experienciados como lugares-tempos expandidos e instáveis, apresentam-se como uma tessitura física, social, econômica, política e cultural fragmentária, mas que ostenta a indiscutível densidade e vive em turbulenta e constante metamorfose (Crang e Thrift, 2000). O artigo se propõe analisar as interações com o espaço urbano e seus processos de expansão nas grandes cidades brasileiras. Busca-se discutir as representações da cultura urbana, pensando-se nas relações com as alegres ruas do Centro da modernizada cidade brasileira das décadas de 40, 50, 60, 70 do século xx. Refl ete-se também sobre os contatos com a cidade (hiper)contemporânea – multifacetada, dispersa, desigual, contraditória. Explanam-se leituras da cidade de Porto Alegre atual, por intermédio, sobretudo, das reconfi gurações dos espaços urbanos, pensando-se, inclusive, na presença da favela, Outro tomado como símbolo da desigualdade brasileira. Observam-se as representações da violência, do anonimato, da estratifi cação social, aspectos que comparecem nas narrativas “Verão” e “A aventura prático-intelectual do Sr. Alexandre Costa”, produções integrantes da antologia Os lados do círculo (2005), de Amílcar Bettega Barbosa. Ambos os contos tematizam a violência urbana hipercontemporânea: o homicídio de pessoas moradoras de rua por um serial killer, no texto “A aventura prático-intelectual do Sr. Alexandre Costa” e o assassinato do empresário Wagner Henrique, resultado de embates entre ele e a população da favela da Vila Cruzeiro, na narrativa “Verão”.
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