O FILHO TORNA-SE PAI: O LUGAR DO ROMANCE DE FILIAÇÃO NA OBRA DE JOSÉ LUÍS PEIXOTO
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_8_12Palavras-chave:
filiação, laço, José Luís PeixotoResumo
Pensar a questão do laço na obra de José Luís Peixoto leva-nos imediatamente a uma refl exão sobre a filiação e a relação entre gerações. Trata-se nos romances do autor, assim como na sua poesia ou ainda nas crónicas, de colocar em cena um Eu em construção, onde a escrita de si se faz a partir dos laços tecidos entre o indivíduo e a família ou ainda entre o indivíduo e o tecido social e histórico da realidade que o rodeia. O romance de filiação é também uma resposta ao esquecimento, nomeadamente, ao risco de desaparecimento do mundo da infância – o seu Alentejo natal – ao qual o autor dá vida nos seus diferentes textos. Analisando a relação entre escrita de si e romance de filiação, é possível compreender melhor o desenvolvimento das relações entre pais
e filhos na obra de Peixoto, nomeadamente, a partir da questão do nome, da transmissão de conhecimentos e da memória. A importância da figura
paterna é uma das chaves para uma observação aprofundada da obra de Peixoto, dado que ela é um dos elementos desencadeadores da escrita, mas
também porque as questões da paternidade são um dos ângulos escolhidos pelo autor para analisar a existência do homem no tempo, nomeadamente,
a partir do momento em que um filho se torna pai.
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