ALGUM LUGAR, DE PALOMA VIDAL: DESLOCAMENTO, ESTRANHAMENTO E MELANCOLIA
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_8_13Palavras-chave:
cidades contemporâneas, deslocamento, estranhamento, desencontros, crises existenciais, melancoliaResumo
São recorrentes, no romance brasileiro contemporâneo, sobretudo a partir da década de 1990, deslocamentos e mudanças espaciais de personagens que, situados temporariamente em outros países e culturas, enfrentam a solidão, o estranhamento e empreendem a busca de si mesmos. Nessa perspectiva, analisamos o romance Algum lugar (2009), de Paloma Vidal. A protagonista e seu companheiro deslocam-se do Rio de Janeiro para cumprir estágio de pesquisa em Los Angeles. A cidade norte-americana, com grandes avenidas, vazias de pessoas, e supremacia do automóvel, mostra-se hostil, semelhante ao “não-lugar”, caracterizado por Marc Augé. A cidade é o retrato de um mundo que se tornou hostil ao convívio humano; a configuração da cidade suprime a possibilidade do encontro, fato que dilacera o indivíduo, cada vez mais só, exilado de si mesmo, dividido entre o sonho e a realidade devoradora e habitado por uma falta indefinida, um vazio existencial.
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