Doenças do tempo: Camilo, a queda dum anjo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-847X_9_3

Palavras-chave:

Romance histórico, romance alegórico, Camilo Castelo Branco

Resumo

Partindo do princípio de que a historicidade romanesca é um dos pilares centrais da tradição ficcional oitocentista, este texto propõe uma revisão do conceito convencional de romance histórico, tal como foi codificado neste século. Defende-se que não é apenas “histórico” o tratamento de um tempo afastado da contemporaneidade, mas também a narrativa que escolhe o cenário do seu presente como alegoria do passado. Para a argumentação desta tese recorre-se à ficção camiliana e, em particular, ao romance A Queda dum Anjo. Nesta obra a contemporaneidade constitui exemplarmente um momento da História, no sentido em que o protagonista representa, mais do que uma personagem individualizada, um diagnóstico do tempo histórico, ou uma doença do tempo.

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Referências

Buescu, Helena Carvalhão (2016). “Revolução e família: Amor de Perdição”, in Gilda Santos e Paulo Motta Oliveira (org.), Genuína fazendeira: Os 100 anos de Cleonice Berardinelli. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo. 266-275.

Castelo branco, Camilo (2012). A Queda dum Anjo. Porto: Livraria Civilização.

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Publicado

2019-11-05

Edição

Secção

Secção Temática