O futuro das Humanidades? Pensarlas a partir do inhumano
DOI:
https://doi.org/10.14195/0872-0851_68_6Palavras-chave:
Humanidades, Vico, Cícero, inumanoResumo
Qual o futuro das atividades tradicionais da cultura humana conhecidas como Humanidades, cujos produtos parecem estar perdendo o lugar central que ocuparam por séculos no mundo ocidental? A teoria ou a reflexão sobre a ação humana, tanto histórica quanto criativa, permanecerão exiladas apenas no mundo universitário, distanciando-se da realidade escolar na qual os jovens estudantes não apenas estudam, mas também se formam para a vida? Para compreender o que está acontecendo, propõe-se introduzir o significado da noção histórica de Humanidades e reconhecer que ela não se conforma mais às mudanças sociais e econômicas que caracterizam a história contemporânea. Portanto, propõe-se considerar os produtos criativos das Humanidades não com base na oposição clássica entre “humanidade” e “barbárie”, ou no retorno mais recente de Vico e Heidegger ao logos poético como expressão fundamental da natureza humana. Este artigo propõe uma tentativa de compreender o conceito de Humanidades a partir da noção do “inumano”, entendido como o fundamento sensível do nosso corpo que se relaciona com o poder afetivo e imaginativo que nos caracteriza profundamente como seres humanos. Neste contexto, é possível fazer uma reflexão adequada sobre o futuro destas atividades.
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