El largo presente del dolor físico. Cinco leyes de la temporalidad adolorida
DOI:
https://doi.org/10.14195/0872-0851_57_8Palavras-chave:
Dor física, Temporalidade, Figura temporal, Presente amorfoResumo
O artigo pretende formular cinco leis essenciais que possam servir para caracterizar a temporalidade imanente peculiar da dor física. As três primeiras leis são comuns a inúmeras experiências de consciência: natureza cursiva da dor, ou não instantaneidade do fenómeno; natureza atual da dor, no sentido em que o decurso anterior de retenção não é adicionado de forma cumulativa à impressão de sofrimento; caráter mutável de todo processo doloroso, que nunca pára. A quarta lei refere-‑se a como o presente doloroso não se integra ao seu próprio passado numa manifestação coerente, mas resulta num longo agora que flui desajeitadamente, ora estagnando sobre si mesmo ora excitando ou persistindo. A dor não carece de uma “figura de tempo”, mas decompõem-‑na a todo o momento e é essencialmente arrítmica. A quinta lei assume uma contingência particular na duração efetiva da dor, que pode ser de curta duração, breve ou interminável. As duas últimas leis, profundamente “antimusicais”, permitem falar de uma temporalidade amorfa do sofrimento.
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