“Die Kunst, unaufhörlich fortzumeinen”
Fichtes Kritik der „leeren Form der Wissenschaft“ und ihr Verhältnis zu Kants drei „Maximen der Selbsterhaltung der Vernunft“
DOI:
https://doi.org/10.14195/0872-0851_58_6Palavras-chave:
Fichte, Kant, Traços fundamentais da presente época, máximas de auto‑preservação da razão, modo de pensar ilustrado, alargado e congruenteResumo
Dieser Beitrag bezieht sich auf Fichtes Grundzüge und befasst sich insbesondere mit der Erörterung der „leeren Form des Wissens“, die Fichte zufolge im Mittelpunkt des dritten – d. h. also des gegenwärtigen – Zeitalters steht.
Fichte spricht von einem Grundprinzip, welches den „gemeinsamen Nenner“ zwischen den „Einheitsbegriffen“ der dritten und vierten Hauptepoche bildet. Dieses Grundprinzip, das er auch die Maxime der Begreiflichkeit nennt, macht das Wissen und Begreifen zum Maßstab alles „Seins und Geltens“. Es ist aber die Frage: Wie kann ein und dasselbe Prinzip oder die gleiche Grundmaxime die Rolle des „Einheitsbegriffs“ für zwei verschiedene „Hauptepochen des menschlichen Erdenlebens“ spielen? Läuft dies nicht all dem geradewegs zuwider, was Fichte über das Wesen der von ihm herausgearbeiteten Hauptepochen schreibt: dass zwei Hauptepochen in jeder Hinsicht voneinander abweichen, und zwar deswegen, weil sie sich aus zwei ganz verschiedenen „Einheitsbegriffen“ ergeben, und weil alles an ihnen die Verschiedenheit ihrer „Einheitsbegriffe“ widerspiegeln muss?
Fichtes Antwort auf diese Frage lautet: a) Die besagte Grundmaxime lässt zwei diametral entgegengesetzte Auffassungen oder Deutungen zu, und zwar so, dass jede von ihnen das Prinzip oder den „Einheitsbegriff“ liefert, aus dem sich die dritte und die vierte Hauptepochen ergeben; b) Der Einheitsbegriff der dritten Hauptepoche ist so beschaffen, dass er nicht die „wahre reale Wissenschaft“, sondern nur die „leere Form des Wissens“ – d. h. eine leichtfertige, seichte, platte, bagatellisierende, verkehrte, das Wesentliche verfehlende, der Grundmaxime nicht gerecht werdende, ihre Implikationen übersehende, ja ihrem eigentlichsten Sinne zuwider laufende Auffassung der Grundmaxime der Begreiflichkeit – bildet.
Besondere Aufmerksamkeit wird der Frage gewidmet, ob und wie einige Hauptzüge von Fichtes „leerer Form des Wissens“ sich aus einer verkehrten und verflachten Auffassung der von Kant herausgearbeiteten drei „Maximen der Selbsterhaltung der Vernunft“ ergeben und auf diesem Weg rekonstruiert werden können.
Este artigo incide sobre os Traços fundamentais da presente época, de Fichte, focando em especial aquilo a que nessa obra se chama a “forma vazia do saber” – aquela que, segundo Fichte, está no fulcro da terceira época: a época presente.
Fichte fala de um princípio fundamental que é o denominador comum entre os “conceitos unitários” da terceira e quarta épocas. Esse princípio fundamental, a que chama “princípio da compreensibilidade”, toma o saber e o compreender como padrão absoluto de “tudo o que conta como real e válido”. Mas isso levanta um problema: como é que o mesmíssimo princípio ou a mesmíssima máxima pode alguma vez desempenhar o papel de princípio unitário de duas diferentes “épocas principais da vida humana sobre a terra”? Não entra isto em flagrante contradição com tudo aquilo que Fichte diz sobre a essência das “épocas principais” por ele apuradas: que duas épocas têm de diferir em tudo – e isso justamente porque decorrem de “conceitos unitários” completamente diferentes e porque tudo nelas tem de reflectir essa radical diferença entre os “conceitos unitários” de que decorrem?
A resposta que Fichte dá a esta pergunta é a seguinte:
- a) A “máxima da compreensibilidade” consente duas concepções ou interpretações diametralmente opostas. E cada uma delas fornece o princípio ou “conceito unitário” de que resultam, respectivamente, a terceira a quarta época.
- b) O “conceito unitário” próprio da terceira época tem um carácter tal que não corresponde à “verdadeira forma real da ciência”, mas antes apenas à “forma vazia do saber” – i. e. a um entendimento superficial, trivializante e erróneo da “máxima fundamental da compreensibilidade” (quer dizer, um entendimento que não lhe faz jus, não percebe as suas implicações, a banaliza e acaba por subverter completamente o seu sentido).
O presente artigo presta especial atenção à questão de saber se e até que ponto alguns dos mais fundamentais traços da “forma vazia do saber” descrita por Fichte resultam de uma compreensão leviana, superficial e distorcida das “máximas da auto-preservação da razão” identificadas por Kant e podem muito bem ser reconstruídos por essa via.
Downloads
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.