O MASSACRE DE LISBOA DE 1506 E O DISCURSO DE ÓDIO ANTIJUDAICO
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_35_12Palabras clave:
Massacre, Lisboa, Antijudaísmo, Discurso, ÓdioResumen
O tema deste artigo é o Massacre de Lisboa de 1506 e o discurso de ódio antijudaico que configurou a atuação dos cristãos portugueses contra os chamados cristãos-novos. Naqueles dias, a insalubridade urbana, a integração cultural e a política expansionista de D. Manuel constituíram as condições adversas da vida em Lisboa, que se expressaram como problema religioso, através de um sentimento antijudaico acionado pelo discurso de ódio dos frades dominicanos.
As fronteiras identitárias portuguesas foram construídas no confronto de forças sociais: de um lado o rei e a nobreza, e de outro a massa e o baixo clero, que respetivamente protegiam e perseguiam os chamados cristãos-novos, o que resultou no delineamento de uma hierarquia social com base na inferioridade étnica judaica. Em razão disso, o artigo analisa os precedentes históricos e os tensionamentos políticos, as condições de vida da Lisboa daqueles dias e os discursos de ódio, acionadores do sentimento antijudaico na população, utilizando-se, para a análise, de documentos da época, cartas, decretos de D. Manuel
e, preferencialmente, da crônica de Salomon Ibn Verga, além dos panfletos da testemunha alemã do massacre.
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