Recriações heráldicas num interior palaciano novecentista
a torre de São Sebastião, em Cascais, entre Jorge O’Neill e os condes de Castro Guimarães
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_43_2Palabras clave:
Heráldica, Autorrepresentação, hierarquização do espaço, arquitectura nobre, emblematizaçãoResumen
A heráldica foi, desde a Idade Média até à actualidade, usada como instrumento de instrumentalização social do espaço edificado. A torre de São Sebastião, erguida em Cascais por Jorge O’Neill e logo a seguir comprada pelo conde de Castro Guimarães, constitui um interessante estudo de caso neste sentido, para o período de transição entre os séculos XIX e XX. Antes de mais, pela sua inserção numa localidade que, no último meio-século da monarquia portuguesa, a corte escolheu como local privilegiado de veraneio, e onde a antiga aristocracia e a nova plutocracia desenvolveram formas de sociabilidade distintivas, tendencialmente propícias à sua fusão. Tais formas de sociabilidade apoiavam-se na reprodução de padrões estéticos que se aplicavam, entre outros, à decoração das residências de veraneio. A heráldica desempenhou, neste âmbito, um papel de relevo, como fica patente pela sua aplicação aos interiores da torre de São Sebastião pelo primeiro e pelo segundo proprietários.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista de História das Ideias

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.