Lazer e Educação
Diálogos entre Brasil e Uruguai
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8614_56_13Palavras-chave:
Lazer, Educação, RecreaçãoResumo
Respeitando as dimensões territoriais e as especificidades culturais entre Brasil e Uruguai, esse texto, de cunho teórico e bibliográfico, se propõe a apresentar os cenários de como o Lazer e a Educação desenvolvem seus vínculos, relações e práticas nestes dois países latinos com diferentes realidades. Sabemos que o lazer tem em seu cerne uma ligação direta com o campo da educação, seja pela cultura, seja pela promoção de políticas de lazer ou pelo caráter educativo de suas vivências. Portanto, questionamos, qual cenário podemos enxergar entre lazer e educação no Brasil e no Uruguai? Identificamos que, ao pensar o Lazer como manifestação e dimensão da cultura, é implícito que suas práticas educam, divertem e desenvolvem. A América Latina tem um lazer associado aos povos nativos e originários, mas sofreu influências do processo de colonização e escravidão, o que resultou numa intensa miscigenação refletindo e alterando suas experiências e os vínculos com os processos educativos de forma latente, por representarem práticas culturais associadas a resistência e permanência dos modos de ser e fazer de um povo que sofre e luta para manutenção e resgate de suas identidades territoriais. Brasil e Uruguai sofreram diversas estratégias de governamentos em seus lazeres; no Uruguai parece existir uma metodologia em torno da recreação como forma de educar e controlar, principalmente os jovens e crianças. E no Brasil o lazer e educação estão associados a normatizações advindas de entidades e organizações internacionais. Portanto, é possível afirmar que ambos os países têm no lazer um dispositivo pedagógico e político, que nem sempre ecoa as práticas e experiências da cultura latina, mas sim imprime processos absorvidos de outros territórios de poder.
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