Dimensão espacial do(s) risco(s) em Portugal continental e na área metropolitana do Porto: perceção dos alunos do 9.º ano de escolaridade

Autores

  • Bruno Martins Departamento de Geografia e Turismo, CEGOT, NICIF, Universidade de Coimbra (Portugal) http://orcid.org/0000-0001-8681-2349
  • Adélia Nunes Departamento de Geografia e Turismo, NICIF, CEGOT e RISCOS, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra (Portugal) (Portugal) http://orcid.org/0000-0001-8665-4459
  • Luciano Lourenço Departamento de Geografia e Turismo, NICIF, CEGOT e RISCOS, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra (Portugal) https://orcid.org/0000-0002-2017-0854

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-7723_25-2_8

Palavras-chave:

Perceção, Riscos, Educação, Área Metropolitana do Porto, Portugal

Resumo

Neste estudo pretende-se aferir a perceção que os alunos do 9º ano de escolaridade têm sobre alguns conceitos fundamentais ligados à ciência do Risco e avaliar a respetiva capacidade em identificar e classificar os riscos naturais e mistos com maior probabilidade de ocorrência, tanto à escala nacional como na Área Metropolitana do Porto (AMP). Procedeu-se à aplicação de um inquérito, por questionário, e os resultados mostram que os discentes classificaram o risco de incêndio florestal como o de maior probabilidade de ocorrência, quer a nível nacional quer no conjunto dos concelhos da AMP, com uma classificação a variar entre elevada e moderada, respetivamente. A nível municipal, são destacar algumas diferenças no “ranking” definido para as diferentes tipologias de risco. O estudo sugere, ainda, que a maioria dos alunos tem dificuldade em identificar a génese, as consequências e as medidas de mitigação dos riscos por eles identificados como sendo os de maior probabilidade de manifestação no respetivo município de residência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, A. Betâmio de (2011). Risco e gestão do risco. Questões filosóficas subjacentes ao modelo técnico conceptual. Territorium 18, 23-31. Disponível em: http://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Documentacao/Territorium/T18_artg/Antonio_Betamio_de_Almeida.pdf

Ardaya, A., Evers, M., Ribbe, L. (2017). What influences disaster risk perception? Intervention measures, flood and landslide risk perception of the population living in flood risk areas in Rio de Janeiro state, Brazil, International Journal of Disaster Risk Reduction, 25, 227-237.

Becker, G., J. Aerts, J., Huitema, D. (2014). Influence of flood risk perception and other factor on risk reducing behaviour: a survey of municipalities along the Rhine, J. Flood Risk Manag. 7 (1) 16–30. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/jfr3.12025

Birkholz, S., Muro, M., Jeffrey, P., Smith, H. (2014). Rethinking the relationship between flood risk perception and flood management, Science of The Total Environment, 478, 12-20. DOI:http://dx.doi.org/10.1016/j.scitotenv.2014.01.061

Bodoque, J., Amérigo, M., Díez-Herrero, A. (2016). Improvement of resilience of urban areas by integrating social perception in flash-flood risk management, J. Hydrol., 541, 665-676. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jhydrol.2016.02.0057

Câmara, A., Ferreira, C., Silva, L., Alves, M. e Brazão, M. (2001). Geografia. Orientações Curriculares 3º Ciclo. Dep. de Educação Básica. Ministério da Educação.

Conselho Nacional de Educação – Educação para o Risco, Recomendação n.º 5/2011, Ministério da Educação e Ciência, Diário da República, 2.ª série — N.º 202 — 20 de Outubro de 2011.

Cunha, L. e Cravidão, F. (2001). Territorio, urbanización y calidad medioambiental: una trilogía incompatible?, Actas del II Encuentro Internacional de Estudios Urbanos, La Habana.

Cunha, L. e Dimuccio, L. (2002). Considerações sobre riscos naturais num espaço de transição. Exercícios cartográficos numa área a Sul de Coimbra, Territorium n.ª 9, Coimbra, 37-53. Disponível em: http://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Documentacao/Territorium/T09_artg/T09_artg03.pdf

Dixit (2003). Floods and vulnerability: need to rethink flood management. In: Natural Hazards. vol. 28, 155-179.

Faugères, L. (1990). La dimension des faits et la théorie du risque. Le Risque et la Crise, European Coordination Centre for Research and Documentation in Social Sciences, Foundation for International Studies, Malta, 31-60.

Granger-Morgan (1997). Public perception, understanding, and values, in: The industrial green game: Implications for environmental design and management, edited by: Richards, D. J., National Academy Press, Washington DC, 200–211.

Kaufman, L. R. P. J. (1990). Finding Groups in Data: An Introduction to Cluster Analysis. 9 edition.

Lebel (2006). Invisible stripes? Formerly incarcerated persons’ perceptions of and responses to stigma. Dissertation Abstracts International, 67 (2-A), 731A. (UMI No. 0419-4209).

Martin, P. (1998). Ces risques que l’on dit naturels, EDISUD, 256 p.

McGee e Russel (2003). It’s just a natural way of life...: An investigation of wildfire preparedness in rural Australia. Environmental Hazards, 5(1), 1-12. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.hazards.2003.04.001

Miceli, R., Sotgiu, E., Settanni, M. (2008). Disaster Preparedness and Perception of Flood Risk: A study in an Alpine Valley in Italy. Journal of Environmental Psychology, 28, p.164-173. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jenvp.2007.10.006

Nir, D. (1983). Man, a geomorphological agent. An introduction to Antropic Geomorphology, Jerusalem, Keter Publishing House, 165 p.

NRC - NATIONAL RESEARCH COUNCIL, COMMITTEE ON GEOGRAPHY (2006). Learning to Think Spatially: GIS as a Support System in the K-12 Curriculum (1st ed.). National Academies Press.

Nunes, A., Almeida, A., C. e Nolasco, C. (2013). Educação para o Risco: contributo da Geografia no 3.º ciclo do Ensino Básico. In L. Lourenço e M. Mateus (Coord. e Org.), Riscos naturais, antrópicos e mistos. Homenagem ao Professor Doutor Fernando Rebelo. Departamento de Geografia. Faculdade de Letras. Universidade de Coimbra, 123-132. Disponível em: https://www.uc.pt/fluc/depgeo/Publicacoes/livro_homenagem_FRebelo/143_152

Nunes, A., Oliveira, S., Lourenço, L., Vieira, A., Bento-Gonçalves, A. e Félix, F. (2015). Vulnerabilidade a incêndios na Europa Mediterrânea. Abordagem conceptual e a utilização de dados de satélite. In J. G. Dos Santos, C. Fonte, R. F. de Figueiredo, A. Cardoso, G. Gonçalves, J. P. Almeida w A. Baptista (Eds), Atas das I Jornadas Lusófonas Ciências e Tecnologias de Informação Geográfica, Marcos e Marcas Lusófonas. Coimbra, 11 a 13 de Setembro de 2014, 330-344. DOI: http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0983-6_18

Oliveira, S., Laneve, G., Fusilli, L., Eftychidis, G., Nunes, A., Lourenço, L. and Sebastián-Lopéz, A. (2017). A Common Approach to Foster Prevention and Recovery of Forest Fires in Mediterranean Europe. In Borna Fuerst-Bjeliš (Ed.), “Mediterranean Identities — Environment, Society, Culture”. Chapter 14, InTech- Open Access Publisher, 337-361.

Panizza, M. (1990). Geomorfologia applicata al rischio i al impatto ambientali. Un esempio nelle dolomiti (Italia), Teruel, Actas de la 1ª Reunión Nacional de Geomorfología, Vol.1, 1-16.

Pestana, M. H. e Gageiro, J. N. (1998) Análise de dados para Ciências Sociais—A complementaridade do SPSS. Edições Sílabo, Lisboa.

Plapp e Werner (2006). Understanding risk perception from natural hazards: examples from Germany. In: RISK 21 – Coping with risks due to natural hazards in the 21st century. W. Ammann, S. Dannenmann, L. Vulliet (eds.). Rotterdam: Taylor and Francis/Balkema, London, 101-108.

Ranger-Morgan (1997). Public perception, understanding, and values, in: The industrial green game: Implications for environmental design and management, edited by: Richards, D. J., National Academy Press, Washington DC, 200–211.

Rebelo, F. (1995). Os conceitos de risco, perigo e crise e a sua aplicação ao estudo dos grandes incêndios florestais. Biblos, 71, 511-527.

Rebelo, F. (2008). Um novo olhar sobre os riscos? OS exemplos das cheias rápidas (flash floods) em domínio mediterrâneo, Territorium, nº15, Coimbra, 7-14. Disponível em: http://www.uc.pt/fluc/nicif/riscos/Documentacao/Territorium/T15_artg/T15art02.pdf

Silva, L., Ferreira, C. (2000). O cidadão geograficamente competente: competências da geografia no ensino básico. Inforgeo, 15, Lisboa, Edições Colibri, 91-102.

Slovic, P. (1987). Perception of Risk. Science, Vol. 236, 280-285.

Smith, K. (1996). Environmental hazards. Assessing risks and reducing disasters, London, Routledge, 389 p.

Tedim, F., Ferreira, M., Cunha, M. A. e Sousa, C. G. (2010). Risco de Incêndio Florestal no Ensino da Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico. Ensino da Geografia e Processo de Bolonha. Actas do XII Colóquio Ibérico de Geografia, 6 a 9 de Outubro Porto: Faculdade de Letras, Universidade do Porto.

Terpstra, T. (2009). Flood preparedness: thoughts, feelings and intentions of the Dutch public. Thesis, University of Twente.

##submission.downloads##

Publicado

2018-01-18