The Text is Not Enough: Visibility in Asian diasporic Digital Narratives
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-8830_12-1_7Palavras-chave:
teoria da imagem, ekphrasis, relação texto-imagem, literatura digital asiática, minoriasResumo
Usando a “Teoria da Imagem” de W.J.T. Mitchell (1994), este artigo explora o uso da imagem visual na literatura eletrónica. Examina três trabalhos recentes que combinam múltiplos elementos mediáticos. O primeiro, The Boat (2015), é um romance gráfico interativo do artista visual vietnamita-australiano Matt Huynh. É adaptado do conto The Boat (2008) do autor vietnamita australiano Nam Le. Ao comparar a adaptação digital com o texto de origem, exploro noções contemporâneas de ekphrasis na literatura digital. Em segundo lugar, exploro The Vine and the Fish (2020), de Leise Hook, uma narrativa gráfica interativa. Aqui, examino não só a interação entre texto e imagem, mas também como esta obra usa a visibilidade como conceito central (ou seja, com as imagens da videira titular e do peixe). Finalmente, examino Reeducated: Inside Xinjiang’s Secret Detention Camps (2021), um “filme animado e ambisónico reconstrói a experiência de detenção e reeducação política em Xinjiang, China, guiado pelas memórias de três homens que foram apanhados naquela que é provavelmente a maior operação de internamento em massa de minorias étnicas e religiosas desde a Segunda Guerra Mundial” (Huynh 2023). A obra é dirigida por Sam Wolson e contém ilustrações de Matt Huynh. Ao discutir a ekphrasis, o anglo-americano e teórico dos média W.J.T. Mitchell (1994) descreve três fases: indiferença ecfrástica, esperança ecfrástica e desespero ecfrástico. A primeira, a indiferença ecfrástica, decorre da «perceção do senso comum de que a ekphrasis é impossível», de que as palavras podem «citar», mas nunca «dar a ver» (Mitchell 1994, 152). Em Reeducated, estou a utilizar uma definição muito liberal de texto como imagem e imagem como texto. Em ambos os casos, o conceito de Reeducated como uma obra de literatura eletrónica é um tanto controverso e é usado para definir adequadamente o que falamos quando falamos de visibilidade na literatura eletrónica.
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