O manuscrito deu origem ao romance histórico ou o romance deu origem ao manuscrito? A atualização de códices em Alexandre Herculano
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_9_6Palavras-chave:
Alexandre Herculano, Romance histórico, Manuscritos, DocumentosResumo
No presente estudo analisamos a estratégia literária de Alexandre Herculano (1810-1877) em filiar as suas ficções históricas a manuscritos pré-existentes. Para tanto, averiguamos os romances históricos Eurico, o presbítero (1844) e O Monge de Cister (1848), que compõem a coletânea Monasticon (1848), e outras narrativas que foram coligidas pelo autor em Lendas e Narrativas (1851), estabelecendo um diálogo com os trabalhos de Ana Marques (2012), Eduardo Lourenço (1992), Isabel Román (1988), Maria de Fátima Marinho (1984; 1999; 2013) e Paulo Motta Oliveira (2000). Abordamos a ficcionalização dos supostos manuscritos pré-existentes, como recurso composicional, e também a possível fundamentação e ficcionalização de Livros de Linhagens da Idade Média e de crónicas documentais nas produções literárias de Herculano.
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