Literatura alegórico-fantasista socialista
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_9_8Palavras-chave:
Literatura fantástica, Ernesto da Silva, Partido Socialista Português, conto, teatroResumo
A historiografia tem dado pouca atenção à literatura produzida pela intelectualidade operária, quer vinculada aos socialistas, quer aos anarquistas. É o caso do compositor tipógrafo e militante socialista Ernesto da Silva (1868-193), conhecido pelo impacto de uma das suas peças teatrais, O Capital, mas que foi também autor de um conjunto de contos, textos dramáticos e teatrais publicados entre 1893 e 1903. Sob o nosso ponto de vista, alguns destes contos e dramas podem ser enquadrados dentro do “género fantástico”. Neste artigo procuramos descrever os traços diferenciais daquilo que denominamos “literatura fantástica socialista” analisando os enredos, as personagens, os espaços e ambientes. O nosso objetivo é triplo: por um lado, valorizar esta literatura, pouco conhecida da historiografia; por outro, reivindicar a sua qualidade literária, muitas vezes desqualificada pelo seu intuito de difusão doutrinária; finalmente, fixar o lugar deste novo género dentro da chamada literatura fantástica.
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