Desnudez Uivante, de Marmelo e Silva: um inferno feminino num éden português
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_10_4Palavras-chave:
Marmelo e Silva, Desnudez Uivante, romance, Madeira, paraíso, inferno, condição femininaResumo
A Madeira, conhecida pelo alferes José Marmelo e Silva aquando de um Portugal pretensamente neutral ao tempo da II Guerra Mundial, escondia debaixo da antonomásia Pérola do Atlântico infernos sobremaneira agónicos para o género feminino. Essa realidade acaba por ser ficcionalmente transposta para diversas personagens de Desnudez Uivante, sejam elas órfãs asiladas, pequenitas de bairros pobres, expostas a todo o tipo de miséria, criadas de um Eden-Hotel, prostitutas e até mulheres de oficiais, numa inquietante denúncia, através da focalização do narrador autodiegético, alferes José Luís Jordão, alter ego do Autor. Personagem não isenta de pecadilhos, a sua aguda consciência social desnuda uivos femininos em vez de os abafar. Analisam-se, pois, infernos privados femininos ocorridos num pretenso Paraíso terreal.
Downloads
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.