Robert Burton on the Society of Jesus and Coimbra
DOI:
https://doi.org/10.14195/0872-0851_59_1Palabras clave:
Melancolia, Robert Burton, Conimbricenses, Terapia, OrganizaçãoResumen
O presente artigo explora a attitude ambígua de Robert Burton face aos Jesuítas, centrando-se na sua leitura dos Commentarii Collegii Conimbricensis Societatis Iesu. Após uma contextualização da sua detecção da Companhia de Jesus nas peças teatrais de Burton, passo em revista as referências do académico à articulação da melancholia nos manuais do curso conimbricense ao longo da Anatomia da Melancolia. Por forma a identificar e compreender as especificidades da sua leitura, pautada por adaptações selectivas e imprecisões, empreenderei uma apresentação da doutrina dos temperamentos dos Conimbricenses. Sustento que, apesar da sua riqueza, da qual os ecos na obra de Burton dão testemunho esmaecido, a abordagem de De Góis permaneceu como um episódio obliterado na história médica e intelectual da melancolia. Este percurso permitirá uma compreensão das perspectivas terapêutica e organizacional subjacentes ao (e complementares do) ensino conimbricense. Trata-se, como se tornará evidente, de valências e aplicações dos Commentarii que Burton ignora. Ironicamente, uma parte significativa do seu conhecimento das terras distantes, as suas viagens por “mapa e carta” e as suas perspectivas socioeconómicas sobre a China, aspectos centrais da transição de uma observação da melancolia para uma observação melancólica, bem patente no recurso à sátira e à utopia como vias terapêuticas, está consideravelmente dependente da articulação entre as capacidade formativa e a organização das missões jesuíticas.
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