Inquisição e Caridade - O caso do tribunal inquisitorial de Lisboa no século XVI
DOI:
https://doi.org/10.14195/1645-2259_13_8Palavras-chave:
Inquisição, Pobreza, Caridade, Cárcere, Século XVIResumo
Nas insígnias da Inquisição portuguesa, confrontam-se a oliveira e a espada, símbolos de uma atuação antagónica que sugeria simbolicamente o uso da repressão e da misericórdia face aos que prevaricavam hereticamente contra a fé católica. Todavia, enquanto a ação da "espada" tem assumido um claro protagonismo na história que é feita desta instituição, o conhecimento que se tem sobre a ação exercida sob o signo da "oliveira" resume-se, essencialmente, a uma análise do discurso inquisitorial, sobretudo lido na dimensão cénica e simbólica. Ignoram-se, por outro lado, atos de misericórdia e caridade que poderão ter contribuído para a construção dessa representação. Pretende-se assim, através de um diálogo entre duas estruturas em (re)organização durante o século XVI, a Inquisição e a caridade institucionalizada, determinar os contornos da intervenção do Santo Ofício no campo da beneficência, focando aspetos como as práticas de caridade, os critérios de seleção de pobres, as perceções sobre a pobreza e o impacto que esta atividade teve na organização do Tribunal, propondo, finalmente, uma perspetiva de análise que resgata urna das múltiplas faces desta instituição. A análise centra-se no tribunal inquisitorial de Lisboa e escora-se numa multiplicidade de fontes documentais, entre as quais se destacam os livros de tesouraria.
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