As despesas da reconstrução da fortaleza de Diu em 1546-1547

Autores

  • Roger Lee de Jesus Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/1645-2259_12_10

Palavras-chave:

Diu, Guzerate, História Económica e Financeira, Estado da Índia, D. João de Castro

Resumo

Entre Abril e Novembro de 1546, a fortaleza portuguesa de Diu sofreu um forte cerco às mãos do sultanato do Guzerate, oito anos após ter sido cercada pela primeira vez pelas mesmas forças apoiadas por um contingente otomano. A artilharia inimiga arrasou sucessivamente as muralhas, deixando o forte num estado tal que impedia o seu simples restauro. A reconstrução desta fortaleza (conforme o novo tipo de fortificação abaluartada) estendeu-se de Novembro de 1546 a Abril do ano seguinte, criando o bastião que finalmente firmaria a presença portuguesa na região. Este artigo pretende analisar, num primeiro momento, as despesas efectuadas com as obras, como sejam os pagamentos dos mantimentos e do serviço levado a cabo por pedreiros, cabouqueiros, carpinteiros e outros trabalhadores contratados pela Coroa para esse fim, e, numa segunda fase, os meios usados para financiar estes custos. Baseamos o nosso discurso não apenas nas diversas crónicas respeitantes a esse periodo, mas sobretudo nos registos das despesas efectuadas conservados no Códice 51-VII-19 da Biblioteca da Ajuda, contendo certidões, listas de pagamentos e, não menos importante, o Caderno das despesas que se fizeram em obras na fortaleza de Diu, datado de Julho de 1547 e aqui publicado na íntegra. Este estudo pretende demonstrar que os custos tidos em conta não pesaram na estrutura financeira do Estado da Índia.

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Publicado

2012-11-30

Edição

Secção

Artigos