D. João III e D. Miguel da Silva, bispo de Viseu: novas razões para um ódio velho

Autores

  • Ana Isabel Buescu Universidade Nova de Lisboa, FCSH

DOI:

https://doi.org/10.14195/1645-2259_10_1_6

Palavras-chave:

D. Miguel da Silva, D. João III, Relações com a Santa Sé, Humanismo e Renascimento, Bispado de Viseu

Resumo

No Verão de 1540, D. Miguel da Silva (c. 1480-1556), escrivão da puridade de D. João III e bispo de Viseu, abandonou a cidade de Viseu, fugindo para Itália, de onde nunca regressou e onde veio a morrer em 1556. A versão fixada pela cronística e veiculada, quase ne varietur, pela historiografia, é de que a causa do ódio que D. João III veio a conceber por D. Miguel da Silva, a fuga deste para Itália e a perseguição que o monarca lhe moveu até à sua morte em Roma teria sido, em exclusivo e numa relação causal, a ascensão ao cardinalato, em 1539, à revelia da autoridade régia. Em nosso entender, este acontecimento deverá, antes, ser visto no âmbito de um conjunto complexo de razões em que o cardinalato tem, é certo, um papel de destaque, mas não exclusivo. Revisitar-se-á, pois, esta excepcional figura para avaliar e compreender, a uma nova luz, um dos mais perturbadores momentos do reinado de D. João III, que teve como protagonista D. Miguel da Silva, bispo de Viseu.

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Publicado

2010-10-31

Edição

Secção

Artigos