O tratado luso-britânico de 1878: história de um acordo tecnodiplomático em três atos
DOI:
https://doi.org/10.14195/1645-2259_17_10Resumo
Em 1872 um diferendo alfandegário na Índia entre Portugal e Inglaterra dava início a um processo negocial que culminou na assinatura de um tratado entre aqueles dois países para regular as suas relações naquela parte do mundo. A discussão, que foi alargada a outros aspetos que não apenas os aduaneiros, desde cedo exibiu um grande distanciamento de posições no que respeitava à inclusão de um compromisso para construir um caminho-de-ferro desde o porto de Mormugão em Goa até ao coração da Índia Britânica, desejado por Portugal, mas rejeitado por Inglaterra. Neste artigo iremos analisar este processo diplomático sob o ponto de vista do conceito de tecnodiplomacia. Pretendemos demonstrar que o sublime técnico inerente aos caminhos-de-ferro influenciou indelevelmente a negociação, com consequências sobre a aplicação do tratado na Índia Portuguesa, e assim contribuir para o debate sobre a importância fundamental da tecnologia como elemento cultural da sociedade portuguesa de Oitocentos.
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