O caminho de ferro de Moçâmedes: entre projeto militar, instrumento tecnodiplomático e ferramenta de apropriação colonial (1881-1914)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1645-2259_18_8Resumo
A partir da década de 1880, Portugal decidiu aplicar em Angola o projeto de desenvolvimento fontista que vinha implementando na metrópole desde 1850 e que assentava, em grande medida, na construção ferroviária. Depois de o investimento inicial se dirigir para Luanda e Ambaca, os responsáveis nacionais viraram a sua atenção para Moçâmedes. Neste artigo, iremos analisar o processo de implementação da ferrovia neste distrito do sul de Angola, desde a década de 1880 até à I Guerra Mundial, em três momentos diferentes: o processo de decisão, a construção e a exploração. Recorrendo à bibliografia já existente e a documentação inédita de arquivos portugueses e britânicos, iremos evidenciar as motivações que subjazeram à decisão de construir um caminho de ferro (tecnodiplomáticas, militares e económicas) e os desafios que se levantaram à construção e exploração. No final, explicaremos até que ponto as expectativas criadas e estimativas antecipadas foram efetivamente cumpridas.
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