A Real Mesa Censória e o Colégio Real dos Nobres da Corte: revisão e censura de um projeto civil, literário e educativo

Autores

  • Ana Cristina Araújo Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/1645-2259_20_19

Resumo

A Real Mesa Censória passou a tutelar e a administrar o Colégio Real dos Nobres e todas as escolas menores do reino e domínios ultramarinos, em 1771. O Colégio Real dos Nobres, apesar das dificuldades que enfrentou no início da década de setenta, iniciou um vasto e ambicioso programa de formação de jovens nascidos na aristocracia e nas melhores famílias da capital. Os estatutos do colégio (1761) contemplavam a instalação de uma “Livraria própria”. A acomodação da biblioteca, cujo espólio contava com livros de diversa proveniência, fora confiada a Nicolau Pagliarini. O modelo de ensino científico e experimental ensaiado no Colégio Real dos Nobres precedeu a reforma da Universidade de 1772 e a criação das Faculdade de Filosofia e Matemática. Sob a égide de Frei Manuel do Cenáculo, presidente da Real Mesa Censória, foram reformados três pilares organizativos do primitivo modelo colegial: a autonomia de gestão, o regime de clausura civil imposto a alunos, professores e a outros servidores e o alcance cultural e científico do currículo escolar oferecido pelo Colégio Real dos Nobres.

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Publicado

2020-12-31

Edição

Secção

Caderno Temático