A contribuição do auto-criticismo e da ruminação para o afecto negativo

Autores

  • Vânia Amaral Universidade de Aveiro
  • Paula Castilho Universidade de Lisboa
  • José Pinto Gouveia Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-8606_52-2_11

Palavras-chave:

Auto-criticismo, Ruminação, Afecto negativo

Resumo

Falamos em auto-criticismo quando assumimos, face ao próprio sofrimento, uma postura dura, intolerante e de auto-avaliação negativa. A literatura aponta o autocriticismo como um importante preditor de sofrimento, associado à psicopatologia. Perante situações de fracasso, as pessoas podem adoptar o estilo de pensamento ruminativo que, por ser marcadamente repetitivo e negativo, se associa à sintomatologia psicopatológica. Esta investigação pretende contribuir para o conhecimento da relação entre o auto-criticismo, ruminação e a experienciação de afecto negativo, numa amostra não clínica de 193 sujeitos. Os resultados deste estudo indicam que os indivíduos mais auto-críticos e ruminadores experienciam mais afecto negativo. Verificámos igualmente que indivíduos mais auto-críticos tendem a recorrer mais ao pensamento ruminativo. Inversamente, a auto-tranquilização em momentos de fracasso, associa-se positivamente com a vivência de afecto positivo. Os resultados sugerem a importância de uma intervenção terapêutica focada na redução da auto-crítica e ruminação, em contexto clínico, promovendo a auto-tranquilização especialmente útil em doentes auto-críticos e com perturbações de humor.

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Publicado

2010-06-01

Como Citar

Amaral, V., Castilho, P., & Gouveia, J. P. (2010). A contribuição do auto-criticismo e da ruminação para o afecto negativo. Psychologica, (52-II), p. 271-292. https://doi.org/10.14195/1647-8606_52-2_11

Edição

Secção

Artigos

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