“GRAVATAS DE COR PARTICULAR” – COMPROMISSO POLÍTICO EM ESAÚ E JACÓ DE MACHADO DE ASSIS
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-847X_6_8Palavras-chave:
Machado de Assis, política, Esaú e Jacó, século XIX, metaficção, Império, RepúblicaResumo
Não é tarefa simples definir a interseção entre literatura e política na ficção de Machado de Assis. Diferentes críticos têm interpretado de modo distinto o grau e a natureza da participação política do escritor brasileiro em seus contos, romances e crônicas. Partindo de uma revisão da fortuna crítica sobre a visão política de Machado, proponho que o autor registra seu envolvimento político de forma com frequência indireta. Neste ensaio, focalizo o romance Esaú e Jacó. Argumento que os inúmeros comentários metaficcionais presentes nesta obra se aplicam não somente à narrativa ficcional, mas consistem também em comentários disfarçados sobre a natureza da política, uma vez que servem para ressaltar o caráter parcial e subjetivo dos discursos políticos. Em seguida, analiso os protagonistas do romance, os gêmeos Pedro e Paulo, como símbolos da essência paradoxal do ser humano e, por extensão, da instabilidade da opinião política dos indivíduos.
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