Crianças refugiadas que se salvaram através de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial (1940-1944)

Autores

  • Carolina Henriques Pereira Universidade de Coimbra, Centro de História da Sociedade e da Cultura, Faculdade de Letras https://orcid.org/0000-0002-7313-2560

DOI:

https://doi.org/10.14195/1645-2259_22-1_9

Palavras-chave:

Segunda Guerra Mundial, Portugal, Crianças Refugiadas, Lisboa

Resumo

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, sobretudo, a partir de 1940, ano das principais ocupações e anexações da Europa Ocidental por parte do exército alemão, centenas de crianças em fuga encontraram refúgio provisório neste pequeno, pobre e isolado país do sudoeste europeu, antes de conseguirem embarcar para territórios além-mar, como os Estados Unidos da América. Para além do caso mais conhecido da Colónia Infantil e Balnear de São Pedro do Estoril, algumas crianças ficaram “internadas” na Escola Agrícola de Paiã (Lisboa); no Colégio da Bafureira, na vila de Parede, em Cascais; na Casa Pia (Lisboa); na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; e em centros de acolhimento, como o caso do Centro de Acolhimento da Cruz Vermelha, no Estoril. Organizações internacionais de auxílio como a American Jewish Joint Distribution Committee (JOINT), o American Friends Service Committee (AFSC, Quakers) e o Unitarian Service Committee (USC) organizaram e financiaram, sob o patrocínio de Eleanor Roosevelt e do United States Committee for the Care of European Children (USCOM), o salvamento e a estadia destas crianças. Apesar de terem permanecido em Portugal por um breve período, foi-lhes possível escapar de uma Europa em chamas e partir sãs e salvas para países além-mar. Através de uma análise qualitativa e quantitativa, este artigo visa contribuir para o conhecimento histórico do fenómeno do refúgio de crianças em Portugal durante esta Guerra fratricida.

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Publicado

2022-06-28