Pós-memoria e política dos afetos: a Marcha del Silêncio como política cultural

Autores

  • Carlos A. Gadea Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.14195/1645-2259_22-1_10

Palavras-chave:

Pós-memoria, Marcha del Silencio, Uruguai, Política dos Afetos

Resumo

A presente reflexão histórica remete a um fenómeno político e cultural de mobilização social que permite ativar duas noções analíticas importantes para o debate atual nos estudos sobre memória e cultura: a de pós-memoria e a de política dos afetos. Em que sentido a Marcha del Silencio permite ser compreendida como um fenómeno político e social da pós-memoria de gerações de uruguaios envolvidos nos acontecimentos da ditadura cívico-militar dos anos de 1970 e 1980 no país? Considera-se que esta mobilização é um exemplo contemporâneo de uma produção cultural com base a uma política dos afetos, estratégia e identificação que se vale do “sentir-se afetado”, “implicado”, daquilo que permite unificar, articular e construir uma mobilização pública apresentada tal qual um evento cultural, e que permite transcender os próprios limites políticos que lhe deram origem.

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Publicado

2022-06-28