O complexo totalizante simbólico: religião popular, xamanismo e psicanálise nos arquivos da Inquisição portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.14195/1645-2259_9_3Palavras-chave:
Religião popular, Inquisição, Licantropia, Xamanismo, PsicanáliseResumo
Este trabalho pretende desenvolver uma hipótese colocada na dissertação de doutoramento intitulada O Auto dos místicos, na qual se evidenciaram os aspectos ligados a uma mitologia astral dualista, de fundo xamânico, existentes no imaginário místico português. Esta cosmovisão assentava num movimento triádico dialéctico, cujo funcionamento é generalizável ao universo físico e metafísico. Assim, todos os aspectos da vida, principalmente os que estão ligados à relação entre mortos e vivos, se materializavam em figuras simbólicas. Estes símbolos, presentes numa área que extravasa o contexto português e europeu, determinaram comportamentos, rituais ou sonhos, presentes na cultura e religiosidade populares, como a licantropia e o transe. A não consideração ou desvalorização dos aspectos referidos levou a que autores ligados à psicanálise e à antropologia, como Lévi-Strauss, Freud ou Jung, tivessem uma visão distorcida ou reduzida dessas manifestações.
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