Poder e Administração Local na Gouveia Medieval

Autores/as

  • Maria Helena da Cruz Coelho Universidade de Coimbra, CHSC

DOI:

https://doi.org/10.14195/1645-2259_3_1

Palabras clave:

Beira - senhoralização, Beira - sede concelhia, Beira - caracterização sócio-económica, Gouveia - foral medieval e foral manuelino, Gouveia - senhores da terra

Resumen

Neste estudo contextualiza-se inicialmente a ocupação social da Beira nos séculos XI e XII, dando a conhecer a sua rede de senhorios leigos e eclesiásticos e a sua malha concelhia. A partir desse enquadramento, analisa-se, como pormenor, o foral concedido a Gouveia, em 1186, por D. Sancho I, precisando o seu clausulado económico e de incentivo ao povoamento, o seu normativo judicial, o quadro dos seus órgãos e oficiais dirigentes e as clivagens sociais da sua população, repartida por cavaleiros-vilãos e peões, que denunciam ainda a relevante posição geo-estratégica e o forte objectivo político-militar do concelho.

Conhece-se, em seguida, a organização política e sócio-económica da região no século XIII, já muito permeabilizada aos avanços da senhorialização, a partir dos dados fornecidos pelas Inquirições de 1258.

Finalmente acompanha-se essa progressão do regime senhorial por terras da Beira nos séculos XIV e XV, particularizando as doações dos rendimentos do concelho de Gouveia e de algumas terras do seu termo, outorgadas pelos diversos monarcas a certas famílias da nobreza. Este apetite senhorial não destruiu, porém, o concelho de Gouveia, que se foi mantendo ao longo dos séculos, e obteve até de alguns soberanos a confirmação dos seus privilégios, acabando mesmo por vir a receber foral novo de D. Manuel, a 1 de Junho de 1510.

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Publicado

2003-11-30

Número

Sección

Artigos