A Mulher na Sociedade Tradicional de Riba-Côa e do Cima-Côa
DOI:
https://doi.org/10.14195/1645-2259_3_2Palavras-chave:
Mulher, Sociedade tradicional, exposto, emprego social, Cultura camponesaResumo
Por definição, um "desempregado" é uma pessoa que carece de emprego remunerado, que está procurando um e que se encontra disponível para trabalhar. Ou seja, tem que haver impulsos positivos dos lados da oferta e da procura no quadro do mercado de trabalho. Salvaguardando as devidas diferenças históricas, procuraremos sugerir (poderíamos documentar), com este estudo, que na Sociedade Tradicional Oitocentista de Riba-Côa e do Cima-Côa a oferta de trabalho era, em geral, muito diminuta e que afectava, em termos de oportunidades e de vencimentos, sobretudo as mulheres. Mesmo assim, elas trabalhavam na agricultura, nas "artes" ou nas pequenas indústrias e nos serviços, buscando designadamente o chamado (hoje) "emprego social", ainda que mal remunerado. Assim, a necessidade de garantir a sobrevivência levava a mulher a praticar a "exposição/abandono" dos filhos nascidos fora do quadro da família nuclear, arrostando, durante a "Regeneração", com o vilipêndio público de "bárbara" ou insensível aos valores da maternidade. Quando o que estava em causa, sobretudo (ou na maior parte dos casos), pensamos nós, era precisamente o inverso.
Mas, procuraremos ver, também, outras facetas da mulher das referidas regiões: a mulher-meretriz, a mulher-ama, a mulher como educanda e educadora, a mulher perante a morte...
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